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Morte catarinense chama atenção para perigo de bactéria

  • Foto: Redes sociais/Reprodução -

Bactéria é a mesma responsável pela morte do neto do presidente Lula, em 2019

A trágica morte da jovem universitária Dâmilly Beatriz, em Blumenau, causou grande comoção nas redes sociais durante esta semana. Aos 18 anos, Dâmilly perdeu sua vida devido a uma "bactéria agressiva e de difícil reversão", relatou sua mãe. A suspeita é de que uma infecção tenha se originado de uma espinha que um estudante tinha em seu rosto.

De acordo com Daniela Veiga, sua filha foi infectada por uma bactéria conhecida como Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA). Isso resultou em uma infecção generalizada que levou à falência múltipla de órgãos. O falecimento ocorreu no final da tarde de segunda-feira (12).

Uma família informou ao que um estudante procurou atendimento médico no final da semana passada devido a dores no pescoço. Ela recebeu medicação e foi liberada. No sábado (10), sua condição não apresentou melhora. No domingo (11), quando a mãe foi acordá-la, notou que o rosto de Dâmilly estava inchado.

Dâmilly foi levada para o Hospital Santa Isabel e começou a busca por uma vaga na UTI. Infelizmente, seu quadro clínico piorou rapidamente e evoluiu em seu falecimento no dia seguinte.

"A equipe médica não mediu esforços na tentativa de reverter o quadro. Com agilidade desde a chegada ao hospital no domingo, direcionando rapidamente para a UTI, até o momento do falecimento", desabafou a mãe nas redes sociais.

Dâmilly era filha única e se mudou de Timbó para Blumenau em janeiro, quando começou a faculdade de Biomedicina na Furb.

O que é a bactéria Staphylococcus aureus?

A mesma bactéria que resultou na morte da universitária de Blumenau nesta semana também foi responsável pelo falecimento de Arthur Araújo Lula da Silva, neto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2019, quando o menino tinha apenas sete anos de idade.

A Staphylococcus aureus é uma bactéria comum, encontrada na pele de até 20% da população mundial. No entanto, em casos raros, ela pode penetrar no organismo por meio de feridas, hematomas ou cortes, entrar na corrente sanguínea, causar uma infecção generalizada e levar à morte em questão de horas.

"A infecção por Staphylococcus aureus pode se assemelhar aos sintomas de meningite. É difícil de diagnosticar porque o paciente apresenta uma evolução rápida, a bactéria demora para crescer nos cultivos (análises laboratoriais da precedente bacteriana) e só descobrimos depois se é realmente essa bactéria" , explicou o infectologista Claudio Stadnik.

Segundo o especialista, não há exame clínico que possa distinguir as duas infecções, pois ambas causam dor na nuca, náuseas, vômitos e crises convulsivas.

"Trata-se de uma infecção que não ocorre facilmente, mas todos os médicos de emergência e infectologistas temem se deparar com esse tipo de estafilococos, pois é uma batalha intensa entre a vida e a morte", enfatizou.

Entre as diversas espécies de estafilococos, o Staphylococcus aureus é considerado o mais perigoso.

As medidas preventivas incluem a higiene das mãos e evitar coçar feridas, lesões ou espinhas. O tratamento consiste no uso de efeitos colaterais da penicilina, um antibiótico comumente usado em hospitais. No entanto, devido à progressão rápida da doença e à dificuldade de diagnóstico, o perigo é alto.

A infectologista Sabrina Sabino explica o funcionamento da bactéria no organismo e fornece orientações sobre os cuidados recomendados para tentar evitar um quadro grave.

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